Provavelmente nunca ouviu falar e não sabe o quão prejudicial pode ser este gás para a sua saúde, caso este esteja alojado, no seu espaço ou habitação.
O Radão é um gás radioactivo natural que entra em edifícios a partir do solo. O Radão é um gás radioativo incolor e inodoro gerado pela decadência radioativa do Rádio (Ra226) que, por sua vez, deriva da decadência radioativa do Urânio (U238). O urânio é encontrado em pequenas quantidades em todos os solos e rochas, embora a concentração varie de uma localização geográfica para outra.
O Radão em solos e rochas, mistura-se com o ar e sobe à superfície, onde se dilui rapidamente na atmosfera. Como consequência, as concentrações de Radão em ambientes abertos e bem ventilados, são muito baixos.
No entanto, quando o Radão se move através de aberturas, fissuras e juntas de construção e dilatação em edifícios e moradias do subsolo para o interior, ele pode atingir concentrações relativamente altas e constituir um perigo para a saúde dos habitantes. Uma casa funciona realmente como uma chaminé, devido ao aquecimento do ar, ele sobe até ao topo do edifício, criando uma sucção de ar da parte inferior da casa em direção à parte alta da casa. Na verdade, isso significa que o ar do solo sob a casa é sugado para dentro da casa por meio de várias aberturas.
Sim. A exposição prolongada a este gás nos edifícios é oficialmente considerada pela Organização Mundial da Saúde (www.who.org) e vários países (como os EUA e a Espanha) como a 2ª causa de cancro do pulmão e a 1ª causa de cancro do pulmão para não-fumadores.
Um estudo realizado em Portugal estima que, só na zona norte de Portugal, o Radão esteja associado a 18 a 28% dos casos de cancro do pulmão, provocando em média cerca de 200 mortes/ano. Ver estudo.
Sim. O Instituto Tecnológico e Nuclear realizou um estudo que envolveu a medição do Radão no ar interior de 4200 habitações em Portugal e conclui que em 2,6% destas (ver estudo), era ultrapassado o valor máximo recomendado pela legislação portuguesa de 400Bq/m3 (1 Bq/m3 = 1 desintegração de um átomo de Radão num m3 de ar num segundo). No mapa do ITN em frente, pode-se ver a distribuição dos valores encontrados, sendo que a verde se encontram os valores médios mais reduzidos, a amarelo valores intermédios e a vermelho os mais elevados. A legislação portuguesa apenas prevê medidas preventivas contra o Radão nas novas construções nos distritos de Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Guarda e Castelo Branco. Mas podemos concluir deste estudo que existem zonas de risco mais elevado de Radão em edifícios em todos os distritos de Portugal, incluindo por exemplo nalguns Concelhos de Lisboa, Coimbra, Portalegre, Évora, Beja ou Algarve, principalmente se os solos nesses concelhos forem graníticos.
Entretanto a União Europeia tem vindo a ser mais exigente ao nível das radiações ionizantes a que as populações e os trabalhadores estão expostos nas suas casas e locais de trabalho. Na sua Directiva 2013/59/EURATOM de 5 de Dezembro de 2013, no artigo 74º, vem definir que os Estados-Membros estabeleçam níveis de referência nacionais para as médias anuais para as concentrações de atividade média de Radão, que não devem exceder 300Bq/m3, dando um prazo para os Estados-Membros legislarem nesse sentido, algo que ainda tem de ser feito em Portugal.
Como o Radão não tem cheiro nem cor, nem causa qualquer sintoma, a única forma é medir. Os edifícios, tanto novos ou antigos, localizados em zonas graníticas/basálticas, são os que têm maior probabilidade de valores de Radão elevados.
Edifícios com superfícies grandes de granito no interior, possuem maior probabilidade de altas concentrações de Radão, uma vez que o Radão que emana destas superfícies se junta ao que vem do solo, mas como normalmente a principal fonte de Radão nos edifícios são os solos, edifícios sem granito no interior podem estar igualmente em risco. Aliás, nos EUA, país sem tradição de construção em pedra já existem mais de 2 milhões de edifícios com sistemas de mitigação/redução de Radão instalados. Como o Radão é um gás pesado, tende a concentrar-se nos níveis inferiores. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA recomenda testar todos os edifícios até ao 3º piso.
Na legislação portuguesa, tal como na de todos os restantes países europeus, existem limites máximos recomendados de Radão no interior dos edifícios. Milhões de pessoas em todo o mundo já mediram os valores de Radão nas suas casas.
Esta medição é simples de fazer e tem custos reduzidos. Entre em contacto connosco para mais informações.
A concentração de Radão é medida em Bequerel por M3 (Bq / M3) de ar. No momento, não existe uma legislação europeia comum que rege os níveis de risco para a saúde do Radão, mas o nível de ação para a concentração de na Europa e nos EUA é geralmente reconhecido como 200 Bq / M3. Em Portugal o nível de concentração de Radão é de 300 Bq/m3. Nesse nível de concentração, o proprietário do edifício deve adoptar algum tipo de medida de mitigação.
O Radão é conhecido por ser a segunda maior causa de cancro de pulmão depois do fumo do tabaco. Alguns estudos indicam que o Radão é a principal causa de 10 a 15% das mortes por cancro de pulmão. Isso significa que na Dinamarca, p.ex.: cerca de 400 pessoas morrem a cada ano de cancro de pulmão causado pelo Radão. Na Inglaterra, o número é de 4.000 pessoas e na Suécia estudos não confirmados indicam cerca de 800 pessoas. Em Portugal ainda não existem dados específicos sobre a causa de morte por Radão.
Sim, existem alguns pormenores construtivos que se podem executar aquando da construção e reabilitação de edifícios, designados de sistemas de mitigação passivos de Radão, que permitem reduzir, sem qualquer consumo elétrico, até 70% do Radão que entraria nesse mesmo edifício sem estes sistemas.
Entre outros pormenores, são aplicadas as designadas membranas de Radão ou telas de Radão. A SIC comercializa em Portugal as telas anti-Radão de marcas conceituadas como a Monarflex a Bituver Polimat Antiradon e outras. Os resultados obtidos nas várias obras onde a SIC já aplicou estas telas em Portugal permitem-nos dar uma garantia de qualidade aos nossos clientes. Podemos ser nós a aplicar ou dar formação a construtores para aplicarem eles as mesmas, garantindo assim uma máxima eficácia. As telas anti-Radão que comercializamos também têm uma óptima resistência à água e também são anti-vapor, pelo que dispensam a utilização das barreiras de vapor. Consulte-nos para obter os pormenores construtivos para edifícios resistentes ao Radão.
O Radão está em toda parte e não pode ser totalmente removido de uma propriedade, mas o nível pode ser reduzido substancialmente abaixo daqueles considerados prejudiciais à saúde. A maneira mais eficiente e económica de reduzir o nível de Radão numa casa é reduzir a sua entrada inicial no prédio instalando uma barreira mecânica. Uma barreira mecânica por si só não será suficiente – a ventilação do edifício também deve ser melhorada.
O Radão é excluído de edifícios que usam sistemas passivos e activos. O fornecimento de um sistema de proteção adequado, projectado e instalado por pessoal competente, reduzirá substancialmente o risco de um edifício ter actividade de Radão.
Uma membrana resistente ao Radão deve ser estendida por todo o edifício, incluindo o piso e as paredes. Um sistema de protecção de Radão também deve incorporar um reservatório ventilado sob o piso, ou reservatórios que podem ser subsequentemente convertidos num sistema de controle activo pelo uso de ventiladores adequados. Uma membrana resistente à radiação, quando instalada, também actuará como uma membrana à prova de humidade para proteger o edifício contra a entrada de humidade do solo.
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